domingo, 26 de outubro de 2014


Esse negócio de democracia me deixa confusa. O povo vive defendendo o direito de pensar diferente, mas quando o pensamento da maioria sobressai e como se todos os outros resolvessem pular do barco. 
Se optamos por escolher um líder, não devemos abandoná-lo com seus eleitores à própria sorte. Muito menos desmerecer aqueles que o escolheram. Certamente tinham suas razões. 
Se o PT fez um bom governo ou se o Aecio seria a melhor escolha, não cabe mais discutir. Seguir em frente significa respirar fundo e fazer ser melhor. 
A mudança não se resume em trocar de presidente ou de partido. Talvez a mudança que precisemos mesmo seja a das nossas convicções, da nossa forma de "lutar pelo futuro do Brasil". Se votar no outro cara não deu certo, cobrar mais do que conseguiu talvez seja a melhor decisão agora. Mas isso dá trabalho, ne?! Melhor culpar os eleitores da Dilma. 

domingo, 30 de março de 2014

Não vai ter copa?



Podiam me falar que não vai ter público nacional nos jogos da copa, que não vai ter espectador comprando ingresso superfaturado com os cambistas, que não vai ter audiência na TV durante as transmissões, que não vai ter gente usando a camisa da seleção, que não vai ter comprador para o álbum de figurinhas, que não vai ter torcida, que não vai ter gente indo morar de favor na casa de parente pra alugar um imóvel por R$ 30.000,00 durante o período, que não vai ter ingresso esgotado na pré-venda... Mas não me diga, meu caro amigo, que não vai ter copa do mundo no Brasil.

Temos BILHÕES em dinheiro público investido. Temos TODOS os segmentos do poder público direcionados pra isso. Temos cidades que nunca viram um investimento vultoso sendo completamente revitalizadas. Temos um baita incentivo ao esporte. Temos, finalmente, investimento em infraestrutura em pelo menos um estádio em cada uma das cidades que sediarão os jogos. Temos um calendário especial já programado. Temos governantes que planejaram seus mandatos de acordo com esse evento. Temos investimentos (não tanto quanto necessário, mas temos) em transporte.

Não ter copa não vai fazer as construções desaparecerem ou retornarem ao status quo ante. Não vamos vender os estádios para outros países e investir, milagrosamente, esse dinheiro em saúde, educação ou transporte público. Não dá pra ignorar tudo o que já foi feito e simplesmente mudar os planos.


Então, antes de bater o pé, fazer beicinho e declarar que a copa não vai acontecer, que tal estimular um pensamento crítico mais aprofundado e direcionar o ódio pras urnas nas próximas eleições? Você pode não concordar, mas eu lhe garanto, caro leitor, que nossos governantes são exatamente o retrato do nosso povo, inclusive nas prioridades. 

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Retornando...

Hoje me aconteceu uma situação peculiar, gostaria de dividi-la com vocês. Eu tava vindo pra casa até que me deparei com um mendigo pedindo algum dinheiro. Não ajudei porque não tinha dinheiro que pudesse doar - minha atual condição financeira está próxima à do pedinte -, mas queria muito ter ajudado.
O que me chocou, entretanto, não foi isso. Foi a reação da mulher que estava atras de mim. O indivíduo, pra chamar a atenção das pessoas que passavam estendia a mão e pedia dois reais para o café. Dois reais. Dois. Pois bem, a senhora, ironicamente, riu do senhor sentado na calçada e exclamou um sonoro e animado "café de dois reais eu também quero".
Sério?
Será que ela queria estar no lugar dele também? Será que ela gostaria da insegurança de não saber se vai ter um lugar seco pra dormir à noite? Será que ela quereria trocar seu colchão quentinho por papelões sujos? Será que não ter o que comer no fim do dia também a apetece?
Em alguns casos - eu disse alguns - eu nem condeno a atitude de não dar dinheiro a quem pede nas ruas. Não é de todo uma atitude errada, dependendo da situação e de quem pede. Mas o que me irrita mesmo diante disso é a atitude hipócrita e debochada de quem não tem a mínima noção do que é sofrimento de verdade.
Pode até ser que eu também não conheça essas realidades tão bem quanto eu gostaria, mas eu nunca vou subestimar as necessidades alheias. E é isso que diferencia pessoas de pessoas.

Até!

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Caixinha de surpresas

Por esses dias a minha vida deu um giro completamente inesperado. Parece que toda a agitação prevista para o segundo semestre resolveu acontecer nas duas ultimas semanas de setembro. Comecei a namorar, mudei de planos profissionais, minha mãe foi parar no hospital, conheci uma banda nova... Mas o que mais me marcou mesmo (desculpa, namorado) foi descobrir que a vida realmente é o liame mais fágil que existe, mas, ao mesmo tempo, o mais significativo.
A gente tem por hábito viver como se nunca fosse morrer e morrer como se nunca tivesse querido viver. É um pouco paradoxal, mas é a verdade. 
Estar diante de uma situação que fragiliza a vida de alguém muito próximo é desconcertante. Se num momento você pisa firme, no outro você perde o chão. Se num momento você se sente senhor da sua própria vida, no outro você se sente um grão de areia diante de coisas infinitamente maiores. É como se você se tornasse NADA em frações de segundos. 
E eu cheguei a conclusão de que realmente somos nada. Essas situações somente nos colocam exatamente onde deveríamos estar o tempo todo. Não somos, de fato, senhores das nossas próprias vidas. Como eu já disse em momento pretérito por aqui, morrer é muito democrático. Não escolhe raça, cor, classe social, gosto musical. Justamente por isso ainda me assusta bastante. 
Encerro dizendo que devemos cuidar melhor de nós e dos nossos e reconhecer todos os dias a nossa insignificância em relação ao que a vida representa. 

É isso, gente! =)

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Setembro

A vida surpreende. Ora positiva, ora negativamente. Ora com sorrisos, ora com lágrimas. Ora com doces palavras, ora com más notícias. Só que às vezes ela é tão surpreendente que traz tudo de uma vez. A gente ri e chora, alegra e entristece, afaga e repele... Ou simplesmente não sabe o que fazer e como agir.
Emoções são sempre emoções e trazem consigo energia que faz cair ou levantar, ficar ou correr, ficar de pé ou sucumbir.
Meu setembro tá nesse pé: cheio de emoções contraditórias que em vez se se compensarem entre si, fortalecem-se mutuamente, de forma que o triste é muito triste, mas o feliz, ah, o feliz...
Quando eu penso que tá tudo bem, as coisas desmoronam. Ao passo que quando eu penso que tô no fundo do posso, Papai do Céu dá um jeitinho de manda um anjo que inevitavelmente não me deixa cair.
Mas o mais difícil mesmo, é dançar conforme a música e deixar o corpo leve para que cada guinada, seja pra cima ou pra baixo, não traga consigo traumas desnecessários.


domingo, 8 de setembro de 2013

Escolhas

Quando eu tenho um insight sobre o que escrever por aqui, geralmente eu faço uma notinha no celular pra escrever depois. Por vezes eu contextualizo ou faço um rascunho pra não esquecer exatamente do que se trata, mas por outras só dá pra escrever mesmo uma frase solta que, por óbvio, não me traz muitas informações à memória.
Revirando meus arquivos à procura de matéria pro blog, encontrei a seguinte frase: "Às vezes o problema não é o que você faz, mas como você lida com isso". Confesso que não faço ideia do que me fez guardar esta frase, mas ela me diz muitas coisas e eu gostaria de compartilhar com vocês.
Todos os dias a gente faz algumas coisas. Ora coisas boas, ora coisas ruins... Todo mundo tem um pouco de mocinho e bandido dentro de si. Mas o lance nem é esse. O que importa não são necessariamente as grandes coisas que fazemos, mas o que fazemos com isso.
Trazendo pro mundo fático: alguém que faz algo muito ruim pode ter machucado um monte de gente, mas pode usar essa situação pra se aproximar e pedir perdão, demonstrar arrependimento ou, ainda, demonstrar sua independência e tal. Por outro lado, poderia, ainda, se fechar pro mundo ou continuar a fazer coisas más, despreocupadamente. Vejam que nas duas hipóteses, uma coisa ruim pode ser boa ou ruim no final.
No lado oposto temos o sujeito que fez algo muito bom, mas que se tornou soberbo e passou a se achar o dono de toda a verdade, como se o mundo fosse completamente dependente das suas ações. Ou então se tornou cada vez mais humilde e dedicado a fazer coisas boas simplesmente por fazer bem às pessoas.
Nesta segunda hipótese, ter feito uma coisa boa pode trazer bênçãos ou maldições à vida do sujeito.
Pois bem, o cara pode ser o que for e ter feito quaisquer coisas, mas sempre há tempo de usar as consequências contra ou a favor de si mesmo. Basta que se escolha o lado onde se quer ficar.

=)

E aí? Qual é o seu lado?

Besos!

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Medo do "não"

Tá vendo como um "não" pode ser medonho???

Hoje eu fui comprar chocolate e a barra de Suflair tava R$ 2. Eu queria muito que o cara fizesse 3 por R$ 5, pensei em perguntar se ele faria, mas quando chegou na hora de pedir, travei. Não consegui. Dei os R$ 4, peguei duas barras e fui embora.
E o que isso tem a ver com o tema do blog? Eu explico.
Essa foi só mais umas das milhares de manifestações do meu absurdo medo de ouvir um "não".
Depois disso, vim pra casa refletindo sobre as possíveis causas dessa fobia. Não é recente. Tinha medo de pedir aos professores pra sair de sala, medo de pedir ao meu pai pra fazer alguma coisa (minha mãe tinha que pedir por mim), medo de pedir qualquer coisa a alguém que tivesse a menor chance de me negar, medo de tentar certas coisas pela possibilidade de falhar...
Tenho alguns palpites sobre os motivos, mas cheguei à conclusão de que as causas só são importantes pra se descobrir um antídoto. O fundamental mesmo é a vontade de sair da zona de conforto e vencer os medos que me tentem a tomar o controle.
Realmente não adianta reclamar, culpar uns e outros e não tentar resolver o problema. Então, voilá. Quem sabe não consigo uns "sim" de brinde por aí?

Bjoooooooooooks...

=)